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Mitos e verdades sobre os bitcoins

Um estudo recente da área de negócios de criptomoedas da empresa Fidelity Digital Assets revelou que sete em cada dez investidores institucionais pretendem alocar recursos em ativos digitais no futuro. Embora a volatilidade desse mercado ainda represente uma barreira para novos adeptos, mais da metade dos 1,1 mil entrevistados entre dezembro de 2020 e abril de 2021 afirmaram já ter algum investimento digital, evidenciando seu potencial protagonismo no mundo dos investimentos.

Primeira e mais conhecida criptomoeda, o Bitcoin figura no centro dos debates em torno de ativos digitais desde sua invenção, em 2009, sinalizando uma revolução na maneira como entendemos e usamos o dinheiro. No entanto, apesar de sua crescente popularidade, ainda há muitos mitos e desinformação sobre o que o Bitcoin realmente é e como funciona. No artigo de hoje, vamos desvendar os mitos mais comuns e apresentar alguns dados fundamentais sobre o Bitcoin.

O que são ativos digitais?

Os ativos digitais podem ser definidos como representações eletrônicas, ou virtuais, de valores ou direitos que podem ser armazenados, transferidos e negociados no ambiente digital. Eles podem incluir uma ampla gama de itens, como documentos digitais, vídeos, músicas, criptomoedas, tokens, imagens, entre outros.

Com a evolução da tecnologia e a digitalização crescente da economia e da sociedade, os ativos digitais têm s tornado essenciais tanto para indivíduos como para empresas. É importante lembrar que a terminologia “criptomoeda” é apenas uma generalização informal para designar os ativos digitais, considerada por muitos inadequada ao sugerir que todos eles funcionam como dinheiro, quando, na verdade, muitos não são necessariamente usados como moeda de troca.

Com a digitalização da economia e a popularização de tecnologias como blockchain, os ativos digitais estão se tornando cada vez mais importantes para diversas organizações. Além de funcionar como moedas de troca, os ativos digitais possibilitam que criadores de conteúdo, artistas, músicos e desenvolvedores de software monetizem suas criações sem depender de intermediários, no contexto de uma economia mais descentralizada e democratizada.

Empresas estão usando ativos digitais como parte de suas estratégias de marketing, vendas e inovação. Por exemplo, o uso de criptomoedas em transações comerciais ou a criação de NFTs para vender obras de arte digital. Além disso, documentos e contratos importantes também estão sendo armazenados de forma digital para facilitar o acesso e aumentar a segurança.

O que são Bitcoins?

Os bitcoins são o exemplo mais conhecido e popularizado de criptomoeda, ou seja, um ativo digital que funciona como moeda de troca, valendo-se de mecanismos de criptografia para garantir a segurança e descentralização das transações. Ativos digitais como o bitcoin e outras criptomoedas vêm ganhando crescente destaque no mercado financeiro por sua conversibilidade e potencial de valorização.

Em outras palavras, o bitcoin é uma moeda digital descentralizada, criada em 2009 por uma pessoa ou grupo de pessoas sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto. Foi a primeira criptomoeda a ser introduzida e continua sendo a mais conhecida e usada em todo o mundo. Ao contrário das moedas convencionais, como o dólar ou o real, o bitcoin não é emitido ou controlado por um governo ou instituição financeira. Em vez disso, ele funciona em uma rede peer-to-peer (P2P) e é sustentado pela tecnologia blockchain, que tem como função garantir segurança e transparência às transações no meio digital.

O blockchain é um banco de dados público que registra todas as transações de bitcoin realizadas desde sua criação. Cada vez que uma transação é feita, ela é adicionada a um bloco de informações, que em seguida é “encadeado” ao bloco anterior, formando assim a blockchain.

As transações com bitcoin são conferidas por uma rede de computadores distribuídos ao redor do mundo, chamados de “nós”. Esses nós seguem algoritmos complexos para conferir a autenticidade das transações e assegurar que o mesmo valor não seja usado mais de uma vez. O processo de verificação é conhecido como “mineração”, e os mineradores que conseguem conferir a autenticidade das transações recebem uma recompensa em bitcoins por seu trabalho.

 

Mitos e verdades sobre o bitcoin

As notícias dos jornais não negam: o bitcoin é uma tecnologia que veio para ficar e por isso vem ganhando os holofotes da indústria de investimentos no Brasil e no mundo. No entanto, seu funcionamento permanece um mistério para muitas pessoas, criando uma série de mitos e mal-entendidos sobre a primeira e mais famosa moeda digital. Confira a seguir os mitos e verdades frequentes sobre os bitcoins.

 

Mito 1: O bitcoin é ilegal

Muitas pessoas ainda acreditam que o bitcoin é uma moeda ilegal. Na realidade, o status de legal do Bitcoin varia de país para país. Em muitas nações, como os Estados Unidos, Brasil e a maioria dos países da Europa, o bitcoin é 100% legal e pode ser usado como meio de pagamento ou como ativo de investimento. É importante lembrar, porém, que cada país pode ter regulamentações específicas para transações envolvendo criptomoedas, especialmente quanto à tributação.

Mito 2: o bitcoin é anônimo e facilita crimes

Embora seja frequentemente associado à anonimidade, a verdade é que o bitcoin é mais transparente do que muitas pessoas pensam. Todas as transações em bitcoin são registradas em um livro-razão público chamado blockchain, que pode ser acessado por qualquer pessoa. Embora os dados não sejam vinculados diretamente a identificação, as transações em bitcoin podem ser rastreadas. Em alguns casos, investigadores já conseguiram identificar indivíduos por meio de análises detalhadas de transações no blockchain.

Mito 3: o bitcoin não tem valor intrínseco

Um dos mitos mais comuns sobre o bitcoin é que ele “não vale nada” porque não é respaldado por nenhum governo ou ativo físico, como o ouro. A verdade é que o valor do bitcoin, assim como o de qualquer outra moeda, depende da confiança das pessoas e de sua utilidade percebida. O bitcoin tem valor porque as pessoas o usam para transferir riqueza, proteger contra a inflação e como reserva de valor. A tecnologia subjacente ao bitcoin, o blockchain, também oferece uma infraestrutura inovadora para transações financeiras seguras e descentralizadas.

Mito 4: o bitcoin não tem lastro

Outro mito bastante comum é que o bitcoin não é lastreado em valores reais. O que ocorre é que as moedas tradicionais, emitidas por bancos centrais, costumavam ter seu valor sustentado por uma quantidade equivalente em ouro. Mas o lastro dos papéis-moeda não existe mais como antigamente. O dólar, por exemplo, a partir de 1971 teve seu lastro desvinculado do ouro, passando a ter uma flutuação livre. O valor da moeda é sustentado pela confiança na economia dos Estados Unidos. Da mesma forma, o lastro do bitcoin é garantido pelo uso e pela confiança na tecnologia blockchain.

Mito 5: o bitcoin vai acabar futuramente

Muitas pessoas acreditam que o bitcoin desaparecerá quando todos os 21 milhões de bitcoins forem minerados. A verdade é que, embora exista um limite fixo de bitcoins que podem ser criados, isso não significa que o sistema bitcoin deixará de funcionar. Quando todos os bitcoins forem minerados (o que deve ocorrer por volta de 2140), os mineradores continuarão a receber taxas de transação como recompensa por validar transações no blockchain. Assim, o bitcoin continuará a existir e a ser usado em transações.

Mito 6: o bitcoin é muito volátil para ser um investimento seguro

Não há dúvida de que o bitcoin é uma moeda altamente volátil, com seu preço flutuando significativamente em curtos espaços de tempo. A verdade é que a volatilidade é comum em qualquer classe de ativos novos e emergentes. À medida que o mercado de Bitcoin amadurece, muitos especialistas acreditam que a volatilidade tenderá a diminuir. Além disso, apesar de sua volatilidade, muitos investidores veem o bitcoin como uma forma de diversificação e proteção contra a inflação.

Mito 7: o Bitcoin é uma bolha que vai estourar

Comparações entre o Bitcoin e bolhas econômicas, como “a bolha das “Tulipas” do século XVII, são comuns. A verdade é que, embora o bitcoin tenha passado por ciclos de alta e baixa, ele continua a ser uma tecnologia revolucionária com potencial de transformação dos sistemas financeiros. Muitas empresas e investidores institucionais estão aderindo ao bitcoin como uma classe de ativos séria. Embora o futuro seja incerto, o bitcoin tem se mostrado resiliente ao longo dos anos, mesmo após quedas acentuadas.

Mito 8: o bitcoin é difícil de ser usado

Outro mito frequente é que o bitcoin é muito complicado para a pessoa comum usar. A verdade é que, com o avanço da tecnologia, está cada vez mais fácil comprar, vender e usar bitcoin. Plataformas de câmbio e carteiras digitais simplificaram bastante o processo de aquisição e transação com bitcoin. Além disso, algumas empresas estão começando a aceitar bitcoin diretamente como forma de pagamento, tornando seu uso ainda mais acessível.

Mito 9: o mercado cripto não tem regulamentação

É verdade que as criptomoedas foram projetadas para serem finanças descentralizadas (DeFi), livres da influência de leis nacionais. Ou seja, os governos não têm o mesmo poder para fiscalizar as transações em moedas digitais como fazem no sistema financeiro tradicional. Mas isso não quer dizer que não existam regras.

Embora as criptomoedas tenham surgido em um cenário com pouca ou nenhuma regulação, governos e instituições financeiras ao redor do mundo têm trabalhado ativamente para criar um ambiente regulatório mais claro e seguro para esses ativos digitais. O mercado brasileiro de cripto, por exemplo, já tem regulações próprias, reunidas no Marco Legal das Criptomoedas, em vigor desde junho de 2023.

Apesar das muitas polêmicas e mal-entendidos em torno do bitcoin, o fato é que essa criptomoeda não apenas veio para ficar, como representa uma verdadeira revolução na maneira como entendemos e utilizamos o dinheiro. Por isso, compreender os mitos e verdades sobre o bitcoin pode ajudar tanto investidores como entusiastas do sistema a tomarem decisões mais informadas e seguras em relação a essa nova classe de ativos.

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