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Inflação: metas e previsões para 2025

Inflação, como sabemos, é o aumento generalizado dos preços de bens e serviços ao longo do tempo. Esse fenômeno resulta na diminuição do poder de compra da moeda, fazendo com que o mesmo montante de dinheiro compre cada vez menos produtos e serviços.

Dito dessa maneira, nem parece que a inflação possa ter tanta influência na vida das pessoas, no desempenho das empresas e na avaliação dos governos. Mas tem, e é isso que vamos avaliar na sequência da leitura.

O que é inflação

Vale lembrar que inflação é o aumento nos preços de produtos e serviços. Por exemplo, quando dizemos que a inflação no Brasil foi de 4,47% entre dezembro de 2023 e outubro de 2024, isso significa que os preços em geral tiveram esse aumento no país.

Ou seja, se você gastava R$ 1 mil (para facilitar a conta) no supermercado em dezembro de 2023, deve ter gastado R$ 1.044,66 para fazer uma compra equivalente em outubro de 2024.

Como é medida a inflação

A inflação é medida por índices de preços, que são os chamados índices de inflação. O IPCA, por exemplo, que é a sigla para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é calculado pelo IBGE e indica quanto o custo de vida médio de famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários-mínimos variou em determinado período. É usado pelo governo federal como índice oficial de inflação no Brasil.

Além dele, há outros índices:

  • INPC, também levantado pelo IBGE, aponta a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 a 5 salários-mínimos.
  • IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), calculado pela FGV, é formado por três índices que monitoram os preços no atacado (IPA-M), ao consumidor (IPC-M), e de construção (INCC). Esse índice é usado em contratos de aluguel, seguros de saúde e reajustes de tarifas públicas, por exemplo.
  • IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor), que é calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e mede a variação de preços, no município de São Paulo, para famílias com renda de 1 a 10 salários-mínimos.

Embora seja regional, o IPC-Fipe é relevante porque São Paulo representa uma parcela significativa da economia nacional.

Como a inflação é calculada?

A medição da inflação segue alguns passos essenciais:

Definição da cesta de consumo: cada índice analisa uma cesta de bens e serviços consumidos por diferentes grupos da população.


Coleta de preços: pesquisadores monitoram preços em supermercados, lojas, feiras, escolas, postos de gasolina e outros estabelecimentos.


Cálculo das variações: as mudanças nos preços são analisadas mensalmente e comparadas ao mês anterior.


Ponderação dos itens: alguns produtos têm mais peso no cálculo da inflação, dependendo da sua importância no orçamento das famílias.

O que causa a inflação?

A inflação é causada por diversos fatores que influenciam o aumento generalizado dos preços de bens e serviços em uma economia. Entre as principais causas da inflação, destacam-se o excesso de demanda, o aumento dos custos de produção, a expansão da base monetária e fatores externos, como crises internacionais e variações no câmbio.

Uma das principais razões para a inflação é o excesso de demanda, que ocorre quando há um grande aumento no consumo, mas a oferta de produtos e serviços não consegue acompanhar esse crescimento. Esse fenômeno, chamado de inflação de demanda, pode ser impulsionado pelo aumento da renda da população, crédito facilitado ou gastos elevados do governo. Quando há mais dinheiro circulando na economia do que a capacidade produtiva pode atender, os preços sobem.

Outra causa comum é a inflação de custos, que acontece quando os preços dos insumos, como matérias-primas, energia e salários, aumentam e são repassados ao consumidor final. Se o petróleo encarece, por exemplo, os custos de transporte e produção sobem, impactando o valor de diversos produtos. Da mesma forma, aumentos salariais acima da produtividade das empresas podem elevar os custos de produção e, consequentemente, os preços finais.

emissão excessiva de dinheiro também pode gerar inflação. Quando o governo imprime mais dinheiro sem que haja um aumento correspondente na produção de bens e serviços, o valor da moeda diminui, e os preços sobem. Esse fenômeno é conhecido como inflação monetária e pode levar a cenários de hiperinflação se não for controlado.

Além desses fatores internos, elementos externos podem influenciar a inflação. Oscilações na taxa de câmbio, por exemplo, afetam o custo de produtos importados, tornando-os mais caros quando a moeda nacional se desvaloriza. Crises econômicas internacionais, guerras e desastres naturais também podem impactar a oferta de insumos e elevar os preços globalmente.

O que é meta de inflação?

meta de inflação é um mecanismo utilizado pelo governo para manter a estabilidade econômica e garantir que os preços de bens e serviços não subam de forma descontrolada. Ela representa um percentual definido pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) como um objetivo a ser perseguido ao longo do tempo. Quando a inflação fica dentro da meta, há maior previsibilidade econômica, o que beneficia consumidores, empresas e investidores.

No Brasil, a meta de inflação é baseada no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE. O Banco Central utiliza a taxa de juros, conhecida como Selic, como principal ferramenta para manter a inflação dentro da meta. Quando a inflação está alta, o Banco Central aumenta a Selic para encarecer o crédito e desestimular o consumo. Se a inflação estiver baixa demais, os juros podem ser reduzidos para incentivar o crescimento da economia.

A meta de inflação não significa que os preços não vão subir, mas sim que a variação deve permanecer dentro de um intervalo considerado saudável para a economia. No Brasil, além da meta central, existe um intervalo de tolerância, permitindo variações dentro de certos limites. Caso a inflação ultrapasse ou fique abaixo desse intervalo, o Banco Central deve justificar as razões e tomar medidas para corrigir o desvio.

O novo sistema de metas de inflação

Até 2024, o governo estabelecia metas de inflação para os anos seguintes. Porém, só era possível saber se o índice tinha ou não ficado dentro da meta quando o ano terminava e os dados de dezembro estavam disponíveis.

A partir deste ano, em vez de perseguir uma meta anual, o governo vai buscar permanentemente uma meta fixa de 3%. Na prática, o novo sistema de metas de inflação avalia o IPCA de cada mês em relação ao índice acumulado dos 12 meses anteriores. Com isso, é possível verificar mês a mês se inflação está dentro da meta e não apenas em dezembro.

A par disso, ainda que a meta seja 3%, ela tem uma margem. Ou seja, uma inflação que esteja entre 1,5% e 4,5% está dentro da meta. Mas se o total ficar acima da margem superior por seis meses consecutivos considera-se que a meta não está sendo cumprida e o governo terá de trabalhar mais intensamente para reverter essa situação. Outra inovação importante é que o governo vai poder alterar a meta de inflação. No entanto, se isso acontecer, a nova meta só entrará em vigor três anos depois.

Uma questão crucial no combate à inflação é que exija rigor na aplicação dos juros básicos da economia, definidos pela taxa Selic, rigor que não costuma contribuir para a popularidade dos governos de turno. Isso explica, pelo menos em parte, o mau humor do presidente Lula ante as repetidas altas da Selic decididas pelo Banco Central e mantidas até na gestão do novo presidente do BC, nomeado por ele.

Como a nova regra da meta de inflação afeta a sua vida?

Com a nova regra da meta, tanto a inflação como a taxa de juros devem se tornar mais previsíveis. Na prática, isso ajuda a fazer planos que envolvem financiamentos e investimentos.

Como tentar se proteger da inflação em 2025?

A melhor forma de se proteger da inflação é aplicar seu dinheiro em investimentos que conservam seu poder de compra. A renda fixa oferece várias opções que acompanham o IPCA. Isso garante que seu dinheiro vai acompanhar o aumento dos preços de produtos e serviços medido pelo índice de inflação do IBGE.

Outra opção é a renda fixa atrelada à Selic, que é a taxa de juros oficial do Brasil. Como Selic e IPCA estão diretamente relacionados, esse tipo de investimento garante seu poder de compra ao longo dos meses e anos.

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