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Gestão de risco: qual a sua importância para as empresas

Por mais organizadas que estejam, todas as empresas estão sujeitas a riscos e acontecimentos imprevistos que geram incerteza sobre suas estratégias e objetivos, mas que precisam ser enfrentados. Reconhecer esse fato é o primeiro passo na montagem de uma rede de proteção para a segurança e a saúde financeira do negócio, tanto mais em um contexto como o atual, em que não para de crescer o número de empresas que assumiram dívidas em excesso e agora enfrentam dificuldade para geri-las.

 

Desde o início da pandemia, as varas empresariais da Justiça brasileira têm sido inundadas por pedidos de falência e recuperação judicial. O caso da Americanas chamou a atenção pela projeção da marca, mas as dificuldades atingiram também empresas de médio e pequeno porte. E os pedidos de falência e recuperação judicial continuam crescendo, segundo a Serasa. Depois de um primeiro trimestre com recordes históricos, o mês de abril registrou alta de 43,1% nos pedidos de recuperação judicial em relação ao mesmo período do ano passado. O número de pedidos de falência também avançou, registrando alta de 12,3% no acumulado de um ano.

 

Seja de qual segmento for, todos os empreendimentos estão expostos a riscos, e são esses mesmos riscos que lhes permitem gerar um rendimento maior do que o esperado em comparação com um padrão usual, um benchmark. Afinal, é no limite que toda atividade com fins lucrativos vai buscar uma performance superior à média de mercado. Mas a crise em que muitas empresas mergulharam a partir da pandemia certamente evidencia o fato de que a grande maioria delas não estava preparada para enfrentar um cenário de tamanha adversidade.

 

Confira a seguir qual a importância de se fazer uma boa gestão de risco, avaliando e administrando vulnerabilidades e manejando-as com inteligência e estratégia, não apenas para enfrentar cenários econômicos imprevistos, mas também para garantir a perenidade das instituições e permitir que elas avancem em direção aos mais relevantes resultados.

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O que é gestão de risco

 

Em linhas gerais, a gestão de risco é um processo de identificação, análise e proposição de soluções para os possíveis riscos a que uma empresa está exposta. Ela tem a função de antecipar cenários com potencial para comprometer o crescimento e expansão da empresa, ou mesmo para levá-la a uma situação de crise.

 

O gerenciamento de risco consiste, portanto, em um mapeamento das vulnerabilidades e ameaças que rondam um negócio, associado à definição das medidas de enfrentamento mais adequadas para cada uma delas. Esse tipo de gestão tem como foco uma atuação preventiva, que possa reduzir ou mesmo erradicar possíveis perdas e prejuízos.

 

Uma pesquisa realizada pela PwC Brasil revelou que as organizações que hoje estão em melhor situação têm uma probabilidade significativamente maior de terem dado atenção substancial a um planejamento que contemplasse ações estratégicas para responder a interrupções significativas de seus negócios. Os dados evidenciam a importância da gestão de risco como forma de proteger uma organização e garantir o preparo e a resiliência necessários em circunstâncias de crise.

 

Mais do que prevenir contra cenários adversos, o gerenciamento de riscos consiste em criar um ambiente de atuação seguro para a implementação de variadas estratégias relacionadas à tecnologia e inovação. Ou seja, ela pavimenta o terreno para que empresa possa alçar voos mais ousados dentro de seu segmento — ou mesmo rumo a novos nichos de mercado.

 

Além de impulsionar o desenvolvimento da empresa, antecipando todos os cenários possíveis e analisando e monitorando objetivos de curto, médio e longo prazo, o gerenciamento de riscos possibilita aumentar a competitividade do negócio, ao subsidiar um planejamento estratégico diferenciado, que irá posicionar a empresa em situação de vantagem em relação à concorrência, por ter traçado planos para conter todas as possíveis adversidades genéricas e específicas de seu segmento.

 

Também por meio da gestão de risco é possível mapear e criar novas oportunidades e otimizar o capital da empresa. Afinal, em última análise, o que ela busca é minimizar qualquer prejuízo ou perda de produtividade.

 

Tipos de Risco

 

Riscos podem ser definidos como quaisquer eventos que possam gerar impacto negativo em uma organização. Entre os principais tipos, podemos citar:

 

– Risco estratégico: mudanças no cenário político, novo concorrente no mercado;

 

– Risco financeiro: envolve questões como endividamento, inadimplência dos clientes, aumento da taxa de juros;

 

– Risco ambiental: relacionado a desastres naturais;

 

– Riscos cibernéticos: ataques de hackers, fraudes virtuais;

 

– Riscos operacionais: problemas que comprometem a qualidade do produto ou podem gerar retrabalho dos colaboradores, como quebra de equipamentos;

 

– Riscos no ambiente de trabalho: referentes a questões como insalubridade, exposição a substâncias tóxicas, temperaturas extremas etc.

 

Como se vê, não faltam situações que, de forma isolada ou em conjunto, podem representar ameaça para o futuro de seu empreendimento e que precisam ser permanentemente mantidas sob vigilância.

 

Como fazer uma gestão de risco eficiente

 

Criada em 2018, a ISO 31000 descreve os princípios, a estrutura e o processo da gestão de riscos, para auxiliar as empresas a fazê-la de maneira eficaz, eficiente e coerente. A norma é considerada uma espécie de guia prático para empresas que buscam melhorar sua gestão de risco e defender o líder como peça-chave nesse processo. Segundo ela, uma avaliação de risco eficaz deve ser capaz de integrar todos os processos organizacionais e compreender seu contexto interno e externo.

Deve ainda:

• Gerar e proteger o valor empresarial;

• Facilitar a tomada de decisão;

• Manter um bom planejamento estratégico;

• Estar alinhada com a cultura organizacional;

• Considerar os fatores humanos e culturais da empresa;

• Ser transparente e inclusiva;

• Facilitar o progresso contínuo da organização;

• Adaptar-se ao contexto específico da organização;

• Ser dinâmica e saber e enfrentar transformações.

 

Ou seja, a empresa precisa ser dinâmica e capaz de reagir às mudanças, e para isso é fundamental quantificar e qualificar as ameaças.

 

Além disso, o planejamento de gerenciamento de riscos deve ser dividido em etapas, sendo a primeira elas a organização do ambiente. É neste momento que são levantados e definidos os objetivos da empresa e, com o auxílio de ferramentas como a matriz SWOT, por exemplo, identificadas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças que envolvem o negócio, tanto interna como externamente.

 

As etapas seguintes terão como objetivo identificar, analisar, planejar e monitorar constantemente os riscos a que a empresa está sujeita. Veja a seguir em que consiste cada uma delas.

 

Identificar

 

Nessa fase do processo, é importante fazer um brainstorming com o time e os prestadores de serviço, com o objetivo de ampliar a visão sobre as situações de risco que possam ameaçar a empresa.

 

 

Analisar

 

Após identificar os riscos, é necessário mensurá-los por meio de cálculos de risco, ou seja, avaliar qual a probabilidade de cada um deles ocorrer e qual o seu grau de impacto. Assim, é possível classificar os riscos e colocá-los em ordem de importância.

 

Planejar

 

Nesta etapa são definidas as ações estratégicas para que os riscos mapeados sejam mitigados ou eliminados. Aqui são determinados os procedimentos e técnicas para a contenção de riscos, como, por exemplo, um plano de sucessão. Nesta etapa, é importante também definir prazos e as pessoas responsáveis pelo tratamento de cada risco.

 

Monitorar

 

Nesta última etapa, a liderança deve acompanhar os setores e projetos, avaliar tudo o que foi feito e identificar novas ameaças, ou adotar ações para corrigir algum erro de processo.

Por fim, vale lembrar que a gestão de riscos deve ser periodicamente revisada para garantir a otimização dos resultados.

A MGC Holding

Somos o maior player independente do mercado brasileiro de créditos inadimplidos de consumo e os únicos a atuar em duas frentes de reestruturação da saúde financeira: a de empresas e a de consumidores.

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